domingo, 12 de junho de 2011

Tragédia em Niterói.

Publicado em 13 de abril de 2010 às 2:39

Fiquei um tempinho sem postar nada por dois motivos: falta de tempo e desânimo... e sabe, essa é uma combinação terrível!. Pois se estou com falta de tempo é porque estou cheia de tarefas para fazer e se estou desanimada, significa que estou mau-humorada ou deprê, afinal tenho que estar fazendo as coisas mesmo estando desanimada, entendeu? 
Bem, as causas do meu desânimo são várias, tantas que nem vale a pena descrevê-las aqui. O caso é que às vezes eu tenho tantas idéias na cabeça, tantos questionamentos, tantos temas, tantas considerações, observações, que tudo se confunde, se perde e acabo não escrevendo nada... Isso é imperdoável, mas eu me perdôo. Em algum momento, consigo produzir algo legal.
Esta semana foi pesada... burocrática e também triste devido aos acontecimentos e desabamentos ocorridos em Niterói. Tentei ajudar de alguma forma, enviei algumas roupas e mantimentos por uma amiga que perdeu amigos na tragédia, mas parece não ser suficiente. No mínimo temos que orar pelos que se foram e principalmente pelos que ficaram. 
Estou assistindo atônita a reportagem sobre os fatos. Tantas vidas, tantas famílias desfeitas. Tanta dor. Não dá para imaginar como uma pessoa consegue superar tudo isso, perder casa, pertences e pior, parentes, amigos, amores, vidas. 
Trabalho lindo dos bombeiros, voluntários e todos que ajudam nas buscas, no socorro dos feridos, na preservação e identificação dos corpos. 
Penso como existe gente para cada função. Penso como somente Deus pode ter a resposta para a razão de tudo isso e como somente Deus pode dar força para cada pessoa afetada direta ou indiretamente por esta tragédia. É sério, não dá para não chorar. Choro por vários motivos: pelas próprias imagens fortes, cheias de emoção em si, pela simplicidade das pessoas, pela dor, choque, desnorteamento, perplexidade, estampados nos rostos das pessoas, pelo empenho dos trabalhadores, pela falta de estrutura e pelo descaso das autoridades com os menos favorecidos financeiramente, e por último pela minha frustração pessoal: como eu gostaria de estar lá, como médica, bombeiro, socorrista, voluntária, de qualquer forma que eu pudesse ser útil.
Mas, tenho que pensar sempre que para tudo há um motivo, uma razão, ao contrário, seria pensar que Deus é injusto. Lógico, que conta o livre arbítrio de cada um, e as conseqüências das atitudes e decisões dos homens autorizados a tomar decisão pela maioria. Mas tudo isso é considerado, planejado e conspira para o bem que nosso Pai Maior conhece. Ainda não sei se esta é uma forma de pensar para simplesmente suportamos as dores, mas sinto que nada pode ser por acaso e escolho em crer que todos os acontecimentos tem como função principal nosso aperfeiçoamento, principalmente moral e espiritual.

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