domingo, 12 de junho de 2011

Controlamos ou somos controlados?

Publicado em 15 de novembro de 2009 às 02:11


Ai, ai, ... mais um de meus ataques de filosofia... se posso usar esta palavra... 'É que ás vezes é impossível deixar de pensar em como nossas vidas funcionam. Sempre achei que apesar de termos um destino, não é um roteiro fixo, estático, sem chances... acredito que podemos escolher os caminhos... alguns curtos, outros mais longos... Porém ainda assim , ainda fico com aquela sensação de ser meio fantoche da vida, entende? Será que independente da decisão que eu tomar, dos caminhos "longos" que eu caminhar, mesmo assim, vou sempre estar destinada a passar pelas situações que já estavam programadas? Este questionamento de controle, alías, esta sensação de falta de controle esta de alguma forma sempre presente na minha vida , quando algum ente querido morre, quando fico por demais preocupada, quando me sinto em uma situação de total impotência, onde não dá para fazer nada, apenas aguardar... rezar,.. orar... pedir... sei lá... detesto isso...! Nestas últimas semanas aconteceram vários acontecimentos que me fizeram ter essa sensação... a perda de uma amiga muito querida... a impotência em não poder mudar a decisão de uma outra amiga... (pois é, as vezes acreditamos que sabemos exatamente onde aquilo vai dar, não é? só que ninguem vê....), e todos estes acontecimentos fazem eu parar para pensar se eu tivesse tomado rumos diferentes em certos momentos da minha vida, eu agora, neste momento ainda assim, estaria aqui, neste lugar, nesta casa, nesta cidade, com minha filha, com este marido... estudando naquela faculdade, trabalhando nesta empresa????? São tantos "se" ... Porém a conclusão que tiro de tudo isso é que o mais importante é viver, tentar, independente do medo...

Lembro que tive uma amiga que era muito complexada, retraída, fugia da vida, fugia dela mesma..não se permitia emoções, elogios, nao tinha namorado, nao fazia nada, nada, nada errado... para mim, ela simplesmente não vivia... Passava os dias no trabalho e o resto das horas envolvida em campanhas,estudos, obras de caridade... Parecia que ela estava fazendo o bem aos outros, mas eis que um orientador nos deixou claro que apesar de eu ser a "maluca", ousada, atrevida, doidinha, namoradeira, apesar de eu ser a que sempre quebrava a cara, era eu que estava aproveitando melhor as chances da vida, eu estava no palco, e ela na platéia só assistindo, e mesmo assim, fechando os olhos em certos momentos, não se envolvendo com a história. Ela simplesmente nao queria estar ali. Ela não queria viver. e se escondia atras de tantos afazeres. Entao antes dos outros, ela primeiro tinha que achar uma forma de ajudar a si mesmo. Ainda bem que ela conseguiu e acho que apesar de mínima, minha ajuda valeu para algo... Eu, a doidinha, ainda vido quebrando minha cara, as vezes até tenho vontade de fugir daqui também, largar esta vida, mas não por não querer viver, mas ao contrário, por querer viver demais... e ás vezes nao conseguir...

De qualquer forma, seja lá onde esses caminhos vão dar, o negócio é continuar caminhando sempre tentando escolher o melhor, e quando for necessário, saber pegar o retorno... ás vezes dá um trabalho, mas é melhor que se perder num atalho...




Beijos(estas são ilustraações de Meghan Trice )

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