segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Religião: discutir não, trocar opiniões sim. Porque não?

Outro dia, num desses churrascos em casa de amigos depois do natal, cheia de conversas frívolas e suaves, finalmente um assunto que me agradava: religião.
Nem me lembro bem como surgiu o assunto, mas passamos da idéia de natal para as crenças da igreja católica, das neo-protestantes, das seitas satânicas e muitas opiniões e relatos surgiram. Intuição, livramentos, milagres. Mas as pessoas sempre se assustam quanto exponho os meus pensamentos, as minhas crenças. Porque? Por que as pessoas tem medo de debater sobre religião? Uma das mulheres queria insistentemente mudar de assunto, não entende que não tenho a intenção de convencer ninguém que estou certa, ou de converter alguém, de jeito nenhum. Apenas gosto de conhecer opiniões diferentes, pois assim vou aprendendo mais. Deixo bem claro que não pertenço a nenhuma religião, não freqüento nenhuma igreja, nem templo. Minha igreja é o mundo, as pessoas, a convivência, qualquer lugar ou situação onde possamos ser dignos de sermos chamados filhos de Deus, minha religião é o amor, o ensinamento de Jesus, e de tantos outros iluminados que estiveram aqui para nos ensinar um pouco sobre como viver. Minha base é espiritualista, gosto de conhecer, de visitar, de fazer os estudos nas igrejas, nos terreiros, nos templos e mesquitas com o objetivo de conhecer mais sobre o ser humano e sua relação com a religiosidade. Muitos não concordarão com este tipo de pesquisa. Não me importo. Alguns se espantam com as minhas convicções. Neste dia em questão, foi até engraçado quando eu disse que não acredito na virgindade de Maria. Na minha crença, Maria transou com José para gerar Jesus e pronto e acabou. Jesus disse: “Não vim destruir as leis”. Essas leis são as leis do Pai Maior. Essas leis são as ciências e ele não seria o primeiro a começar bagunçando tudo logo na chegada, contrariando as leis que regem o planeta. Aqui as crianças tem uma forma de serem concebidas e o corpo físico de Jesus foi concebido da forma terrestre. Não acredito que Jesus tenha trepado com Maria Madalena. Sim, eles tinham uma sintonia toda especial. Pode até ter rolado algum interesse sexual da parte dela, mas Jesus estava aqui em uma missão especial e pelo que já pude saber, não estava incluído nos planos dele a relação carnal com uma mulher. Não que sexo seja pecado. Nunca foi, senão não seria tão bom. Simplesmente não era o momento. Maria Madalena não era uma prostituta. Era de família nobre e “bancava” as peregrinações de Jesus. Esta má fama foi uma arma machista para que uma mulher não liderasse nada. Aproveitaram que ela abandonou a família para seguir Jesus e por isso a chamaram de prostituta. Maria (mãe de Jesus) teve outros filhos, óbvio e nem por isso deixa de ser uma mulher especial, um espírito elevado, designado especialmente para esta chegada tão especial e importante para o planeta.
Ao final, fui a minoria interessada em continuar o debate sobre assuntos tão interessantes. Porque as pessoas tem medo do que não conhecem? Tem receio de apoiar suas idéias? Se sentem frágeis diante de uma pessoa convicta?
Tivemos que voltar aos assuntos amenos. Fui embora.

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