domingo, 20 de julho de 2008

Amar ? Quanto?

Tem momentos em que gostaria que tudo desse certo. Quem não gostaria? Que eu gostaria de esquecer as palavras que magoaram, as ações que deixaram cicatrizes no meu coração. Só não sei se isto é bom ou ruim. Tenho medo. Medo de me entregar de novo, de confiar que afinal algo vai dar certo para mim, e como sempre tem acontecido, sair machucada de novo.

Quando decidi a casar, quando decidi ter um filho, criar uma família, eu queria muito que desse certo. Eu sabia que ia enfrentar muitos desafios e dificuldades, mas não imaginei que fosse enfrentar a mim mesma, os meus valores, os meus sonhos, os meus pesadelos. Não pensei que fosse me decepcionar tanto com a alma humana, os conceitos da vida da pessoa que eu amava, ou amo. Agora cheguei no ponto que mais me perturba: até onde vai o amor? Perdoa Tudo? Aceita tudo? Ele se modifica com o tempo? Ele sobrevive sem o pulsar da paixão, sem o fogo do sexo?

Quando nos envolvemos demais, cometemos um erro fatal! Nos misturamos ao outro ser. O ato sexual transcende a um nível capaz de fundir as almas, quando duas pessoas se amam de verdade. É uma sensação incrível. Garanto!

O perigo é quando nos decepcionamos e achamos que o amor acabou, fica difícil achar o nosso amor próprio e aí a base do nosso ser desmorona.

Temos que amar sem perder a identidade, temos que fundir nossas almas, sim, mas sempre preservando os nossos mais profundos valores, o nosso eu, o nosso amor próprio, em um lugar especial que sempre será só nosso.


Desta forma, mesmo que tudo seja destruído ao nosso redor, teremos a capacidade de nos sentir fortes e amados, mesmo que seja pelo Universo e por nós mesmos.

"Nunca ande pelo caminho traçado, pois ele conduz somente até aonde os outros foram"Alexander Graham Bell

Sonhos são gratuitos, mas transformá-los em realidade tem um preço. Eu tenho pagado um preço muito alto.

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